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Fundada em 1997 a Construsat,trabalha em três segmentos: Segurança eletrônica, Automação e Telecomunicações. Tornando- se referência na região do Vale do Itajaí, trabalha com as melhores marcas do mercado e com profissionais altamente qualificados, buscando sempre melhorar a qualidade de vida de seus clientes e colaboradores.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Automação residencial como aliada da segurança


Sistemas de segurança podem trabalhar em conjunto com a automação para garantir conforto e bem estar aos moradores, mesmo a quilômetros de distância.
Quando falamos em automação residencial, invariavelmente pensamos em sistemas que nos trarão conforto no dia-a-dia. É por esse motivo que automatizamos luzes, ar condicionado, home theater, cortinas e quase tudo o que temos em nossa residência.
Nos últimos anos, outro setor que ganhou força e deixou de ser apenas uma tendência foi o de segurança residencial. Poder acompanhar à distância tudo o que acontece em casa, ou ainda programar para que determinadas luzes se acendam em períodos que estamos ausentes deixou de ser um luxo para se transformar em uma necessidade real.
Hoje, quem procura o serviço de um especialista em automação doméstica já tem consciência de que é possível integrar equipamentos de segurança a esse sistema. “Normalmente a pessoa busca soluções de monitoramento à distância e nós acabamos alertando sobre outros serviços que podem ser agregados”, explica José Roberto Muratori, diretor da empresa paulista Marbie Systems. Nesse caso, é oferecido um verdadeiro check list, onde o morador pode assinalar tudo o que deseja ter em sua residência para, a partir daí, ser projetado o sistema.
É comum também o proprietário já ter contratado uma empresa especializada em sistemas de segurança e procurar os serviços de um especialista em automação doméstica, pensando apenas na operação dos equipamentos de áudio e vídeo. “Nesse caso o ideal é propor um trabalho em conjunto, mostrando que a segurança é um subsistema de uma solução completa de automação”, comenta Thales Cavalcanti, presidente da Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial).
Claro que quando falamos em equipamentos de segurança, as soluções para salvaguardar a vida dos moradores estão em primeiro lugar: alarmes, câmeras de vigilância e controle de acesso. No entanto, uma nova área, composta pelos chamados alarmes técnicos, vem ganhando muito espaço nos condomínios, pois embora não esteja ligada diretamente à segurança pessoal do morador, ajuda a monitorar as residências e a deixá-las mais seguras. São sensores e alarmes contra fogo e fumaça (incêndios), água e gás (vazamentos). “Esse equipamentos podem pegar carona na automação e utilizá-la como ponte para a comunicação dessas ocorrências”, explica Eduardo Almeida, gerente de automação da Disac, distribuidora da marca americana Control 4.
Celular é um grande aliado

Seja para os alarmes técnicos, ou para as soluções mais tradicionais, o celular passou a ser um item indispensável nesses novos sistemas de automação. “A vantagem é que sempre estamos com um por perto, então não existe a preocupação de termos que sair de casa com mais um acessório no bolso”, observa Henry Lua, diretor da AudioGene, que distribui os sistemas de automação da Savant, baseadas em produtos da Apple, como o iPhone e o iPad.
Isso porque a maneira mais comum de receber avisos quando algum problema ocorre é por meio de uma mensagem de texto (SMS) no celular. Depois de dado o alarme, o usuário pode decidir como reagir a determinada situação.
Em edifícios residenciais tem sido muito comum registrar, além do número dos celulares dos moradores, o de um funcionário (que pode ser o síndico ou o zelador), já que em muitas vezes ele pode chegar mais rápido ao apartamento ou até mesmo ajudar a tomar a decisão certa em determinadas situações.


Mas quando somos avisados de uma ocorrência? Isso vai depender do tipo de instalação que você tem em sua residência. Imagine um apartamento com câmeras de vigilância e sensores de fumaça e incêndio. Se os sensores detectarem a presença desses sinais, automaticamente disparam um alerta para o sistema de automação que está programado para enviar uma mensagem de texto para os celulares do morador e do zelador do edifício.
Ao receber a mensagem, o proprietário pode entrar em um site específico da internet (as empresas fornecem um endereço personalizado, protegido por senha de acesso) e monitorar o que está ocorrendo em seu apartamento por meio da câmera de segurança. Se achar necessário, pode acionar o corpo de bombeiros ou ainda conversar com o zelador sobre a melhor atitude a ser tomada. “Embora pareça uma solução sofisticada, a partir do momento em que está tudo programado, passa a ser algo simples do ponto de vista do usuário”, afirma Cláudio Yazbek, da Syncrotape, que representa a marca Crestron no Brasil.
Nessa mesma situação, um sistema mais sofisticado permitiria que o usuário interrompesse o fornecimento de gás para o seu apartamento ou ainda, caso o projetista tenha programado, esse fornecimento poderia ser cortado imediatamente assim que o sensor detectasse a presença de fumaça. “É importante observar que os sensores, sozinhos, são apenas alarmes, sonoros ou visuais. Integrados à automação eles ficam inteligentes, pois o usuário pode interferir nas ocorrências”, explica Muratori.

A evolução das câmeras


As câmeras de segurança evoluíram a tal ponto que podemos afirmar tranquilamente que, de qualquer ponto do planeta, é possível ver o que ocorre dentro ou nos arredores de nossas residências. Isso porque com a chegada das câmeras IP, que utilizam as redes de internet para enviar as imagens para um servidor, acabou a necessidade de se deslocar até uma central, onde as imagens ficavam armazenadas, para ver o que estava acontecendo.
Graças a essa comodidade, soluções como essa têm sido as mais procuradas ultimamente. “No entanto, é preciso ressaltar que é possível pegar uma câmera tradicional de CFTV (Circuito Fechado de TV) e, com o uso de placas específicas e conversores, transformá-la numa câmera IP, permitindo ver as imagens captadas por elas na internet”, comenta Yazbek.
Outra opção muito utilizada nos projetos de segurança é utilizar sensores (de presença, movimento ou até contato) para trabalharem junto com as câmeras. Assim, por exemplo, é possível que as imagens do quarto de bebê só sejam gravadas quando o sensor detectar a aproximação de alguém no berço da criança.
Em soluções mais sofisticadas, dá pra saber quantas pessoas passaram em frente à câmera (na entrada da casa, por exemplo) e até determinar quais ações desencadear quando o um determinado local é invadido. “Tem sido muito comum utilizarmos sensores de presença que, quando acionados, disparam uma mensagem SMS para o morador, alertando-o para ver as imagens da sua câmera IP. Simultaneamente são liberadas gravações de latidos de cachorros, além de determinadas luzes que se acendem, assustando os invasores”, diz Almeida, da Disac.

Segundo os especialistas, esses eventos reverteram o papel do elemento surpresa. “Eu posso monitorar tudo de longe, acender todas as luzes de repente, fechar portas ou até mesmo guiá-lo indiretamente para a saída. O usuário passou a ser o fator surpresa”, afirma Yazbek.
Além das filmagens, alguns sistemas de automação, como os da Savant, permitem usar as imagens das câmeras em tempo real para comandar a residência. É possível utilizar o iPad para ver as imagens da casa e tocando a cortinas que aparecem no vídeo abri-las; ou acender as luzes tocando no lustre, etc. “É o que chamo de real feedback, basta encostar nas imagens que tudo acontece”, explica Lua. Isso só é possível pois, previamente, o programador instala botões de comando transparentes que ficam sobre as imagens captadas. O cliente, então, ao tocar na imagem está na realidade apertando um botão pré-programado que desencadeia um comando. “A vantagem é que mesmo distante você vê em tempo real como ficou a residência após esses comandos”, afirma Lua.
São várias as opções de câmeras de segurança, dos mais diferentes fabricantes e com inúmeras funções. No entanto, algumas dicas ajudam na hora de escolher a câmera mais apropriada para determinadas situações. “Podemos utilizar modelos mais simples em locais pequenos e sempre iluminados, como elevadores, e deixar as câmeras com infravermelho ou manipuladas à distância em garagens ou muros laterais”, indica Muratori. Assim, além de fazer uma melhor utilização do dinheiro investido, nenhum dos pontos da residência fica sub ou superestimado.
Existem ainda modelos que gravam em preto e branco durante a noite ou em outras situações com pouca luz (day/night), câmeras que se movimentam e trazem o recurso de zoom (pan-tilt), que funcionam sem fio, por infravermelho, que gravam em HD e até modelos que rotacionam em 360º. Por isso, é fundamental consultar um especialista para saber qual a mais apropriada pra você.

Controle de acesso

A biometria, sistema que faz leitura das impressões digitais para liberar o acesso à residência, começa a se tornar padrão em condomínios de luxo. A vantagem dessas soluções, além da segurança, é que o morador pode programar situações, para que elas ocorram sempre que ele chega em casa. Um executivo pode desejar que o leitor, além de abrir a porta da sua casa, acenda as luzes de um corredor que dá acesso ao quarto. Em casos mais extremos, pode inclusive deixar programado para que a banheira seja acionada para que a água já esteja na temperatura ideal no momento em que ele se dirigir para o banho. Nesse caso a segurança e o conforto andam juntos. “Na hora que você compreende que em automação a imaginação é o limite, o seu sistema passar a ser o gerente da sua casa, trabalhando para você da forma que desejar”, diz Almeida, da Disac.
Com acesso biométrico o morador pode ainda cadastrar o chamado dedo do pânico. Esse, ao ser lido pelo sensor, dispara um alerta para uma central de segurança, que pode acionar a polícia; ou ainda um parente próximo que recebe um alerta por SMS e pode acompanhar a movimentação pelas câmeras IP.
Ainda na parte de acessos à residência, alguns moradores têm preferido adotar as fechaduras elétricas. Elas permitem, mesmo à distância, abrir a porta da residência. “Uma pessoa que esquece algo em casa e pode pedir para um funcionário ir até lá pegá-lo. Pelas câmeras ele monitora a chegada à residência e, mesmo sem estar lá, consegue abrir a porta para que o funcionário entre em determinado cômodo da casa”, explica Muratori.

Sua casa em modo de segurança

Solução adotada em geral pelas empresas, o modo de segurança envolve um conjunto de ações que entram em funcionamento quando uma situação de risco ocorre. Em geral, trata-se de um comando feito por meio de um dispositivo (que pode ser um controle remoto, painel de parede ou tablet) que desencadeiam ações para preservar a vida dos moradores. Ao acionar o modo de segurança, o morador pode com um único toque acender todas as luzes, acionar o alarme sonoro, disparar uma mensagem de celular para familiares, ligar para uma empresa de segurança, travar a porta (blindada) de um ambiente seguro, restringir acesso a determinados cômodos da casa, travar elevadores e ter acesso às imagens das câmeras de segurança para ajudar a polícia, já que a sala segura pode contar com um computador com acesso internet.

Automação na vida real

Na produção desse artigo, entrevistamos Antônio Carlos*, um engenheiro acostumado a desenvolver projetos de automação residencial. Ele tem em casa um sistema que manda para o seu iPhone uma mensagem de texto sempre que o alarme é habilitado ou desabilitado. Como ele e a esposa trabalham fora o dia todo, essa foi a maneira encontrada para monitorar a casa nesse período.
Certo dia, recebeu uma mensagem no celular informando a ativação do alarme (feita pela esposa que estava saindo para o trabalho). No entanto, poucos minutos depois recebeu uma nova mensagem, dessa vez avisando que o alarme estava desligado.
Estranhando o fato, foi até a internet e acessou remotamente as câmeras de segurança. Acompanhou por alguns minutos toda a movimentação no interior da casa, certificou-se de que a esposa havia entrado sozinha e em seguida ligou para ela para ver se estava tudo bem. E realmente estava; a súbita ativação e desativação do alarme só aconteceu porque ela precisou voltar para lá, pois havia esquecido de levar documentos importantes para o trabalho.

Fonte: Revista Home Theater & Casa Digital, por Ricardo Marques

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